segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Passagem- momento de renovação

              É preciso entender quando uma etapa chega ao  fim, quando é hora de virar a página de nosso livro,de cerrar aquela porta, de apagar as lembranças de algo que não foi bom, ou de algo que já se foi.
              É necessário seguir em frente e compreender aquela leitura vivida. O que já foi dito, feito, ou não feito, não pode virar recordações dolorosas , não podemos viver ao mesmo tempo nas duas passagens do tempo é preciso seguir adiante pra recomeçar, temos que atravessar essa ponte e seguir no presente rumo ao futuro.
             Tão pouco, não devemos ficar atrelados ao passado como escravos do tempo, como não podemos viver de lembranças ruins, ou dos momentos dificeis que passamos, se o capitulo daquele livro chamado vida foi uma tempestade,lembrem-se  esse capítulo passará, pois nada é eterno, a dor não é eterna, nem os sofrimentos são eternos.
           Por isso jogue fora as coisas as quais consideras velhas, aquilo que não te serve, as mágoas, os rancores,as desilusões, as lembranças tenebrosas, aquilo que te fez chorar, as vezes precisamos destruir recordações ( é dificil ,mas é preciso) é preciso modificar.
             E lembrem-se, nada  do que nos  acontece ou aconteceu foi por acaso -  recomece. Temos que iniciar um novo capítulo da nossa história e acreditar que, o que já foi lido também  foi compreendido e modificado esse é o sentido da vida - a transformação.
                                             
                                                               por Virginia da Silva Melo

domingo, 25 de dezembro de 2011

               

Feliz Natal a todos, muita luz em nossos corações, que a luz do coração de Deus irradie  nos corações dos homens que este ano que se aproxima seja repleto de paz e saúde. Obrigada a todos os leitores do Blog.
são nossos agradecimentos,

Virginia, Friederich e Clarissa.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Verdade Negada parte II (continuação)

“Quando não se havia mais lágrimas para extrair,quando o mundo já não me servia, comecei a traduzir o meu caos através das minhas palavras do meu próprio jeito” 
                                Virginia da Silva Melo
                                  

           Da calçada dava para vê-lo apressadamente chegando, cabisbaixo de olhar lançado para o chão, na mente sofrida só os sonhos a preenchia e sobre seus longos ombros, o pensamento, a passagem de quando ainda era criança. Aquele orfanato, as severas pressões dos funcionários, pensava porque a vida lhe arrebatou para aquele destino, não sabia por que aquilo havia acontecido, fora colocado lá sem menos perguntarem se gostaria de ficar, nem o direito de responder lhe havia permitido, nem uma opinião, pensavam que criança não tem direito de escolha.
         O sonho de criança, de crescer com os afagos da mãe, de assimilar a referência masculina isso lhe foi retirado,o paradeiro do pai, a certeza da orfandade.Pensava em sua mãe que foi privada da vida tão precocemente, aquele colo materno, os afagos, foram trocados pela vivência no orfanato.
          E minha violência psicologica (era minha, pertencia a mim) ,lançadas sobre mim , como forma dele  compensar a infancia de desnutrição psicologia, brutalidade  que atingiria minha autoimagem, meu autoconceito e minha autoestima.Uma década sem entender o que acontecera para que Pedro fosse assim.  (.......)
                                                                               por Virginia da Silva Melo                

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Verdade Negada parte II


“Quando não se havia mais lágrimas para extrair,quando o mundo já não me servia, comecei a traduzir o meu caos através das minhas palavras do meu próprio jeito” 
                                Virginia da Silva Melo

                  
               *    Minhas dores tornavam-se intensas, quando não conseguia verbalizar. Não falava o que estava sentindo, sentia muito medo dele, minhas palavras se fossem ditas era como via de escoamento do afeto estrangulador, sentia uma real necessidade de expressar a minha dor, era preciso escoar de alguma forma o que não suportava, essa sinestesia tão intensa.
                     A linguagem é uma expressão que se usada para verbalizar suas ações  pode ser usada como objeto de estudo de pesquisa da mente humana, entretanto não podia falar, sentia que havia perdido as  palavras, a linguagem deixara de ser minha forma de comunicação, me comunicar pela linguagem seria um absurdo um monólogo,amordaçada por toda uma vida.Que sensação terrível.Mas as palavras que me fora roubada adormeceria por longo período, enquanto  outras eram constantes aos meus ouvidos, opressoras, agressivas, de traduções duvidosas,e de interpretações vulgares,estas furavam meu peito como lanças encharcadas de ódio, ou amor quem sabe?Difícil entender opostos, já que os dois se preenchem.
                     Meus medos me dominavam, eram meus guias, me conduziam pro caminho que eu devia seguir, caminho sem caminho, paralíticos, desesperançosos, que aflição seguir esse caminho!
                    Uma linguagem imperfeita, não verbalizada, era tudo que podia dizer.
                    Sofrimento?
                    Não.
                    Escolha. Escolhi ser assim, mas se escolhe a quase inexistência, uma paralisia opcional, como? Perguntava-me.
                   O inferno pelo qual eu passara, fora o inferno do amor. Como posso falar, o inferno que me fez gente, que me amordaçou por toda uma vida, uma inutilidade perfeita, mas o que dizer  dessa inutilidade de não pensar em nada,o pensar como uma escassez horripilante de não entender o que se passava,o que pensar de uma vida inteira com a auto estima jogada ao chão, assim me sentia.
                  O bem preenchendo as cavidades do mal como uma chave que preenche a fechadura da porta, assim é o amor.
                  Assim falaria se pudesse, nunca pude falar somente gesticulava, quando menos murmurava o que sentia.
                 Monossílabos insanos, sem a mínima compreensão.
*parte do texto Verdade Negada por Virginia da Silva Melo