terça-feira, 8 de maio de 2012

Justiça pode intervir sobre o amor.

Justiça pode intervir sobre o amor, será que é esse o caminho?


       Semana passada um pai foi condenado a pagar à filha uma idenização de 200 mil reais  por falta de amor, ou carência afetiva, essa decisão inedita da justiça aconteceu em São Paulo e nos remete a pensar sobre a prática do amor e suas subjetividades. A juiza declara que "amor é faculdade, cuidar é dever" nas palavras da juiza os pais devem cuidar fazer o exercicio do amor para com os  filhos.
      Há centenas de pais que convivem com os filhos e não põem em prática tal exercício, deveriam estes filhos entrar na justiça sobre a deficiência desse amor para com eles?
      Sabe-se que por ter se separado da filha ele abandonou-a, privando a filha dos cuidados do pai e de seu amor, mas será que essa decisão da justiça muda os sentimentos do pai sobre essa filha  ou o distancia ainda mais?  Amar é faculdade sim, cuidar  é dever sem dúvidas,  é claro que os danos morais e psicológicos serão irreparáveis com certeza, mas  será que se pode impor atraves de monetarização o exercicio do amor, o dever de dar afeto é individual e consciente, assim como pode-se legislar sobre uma faculdade de consciencia de cada um? A decisão do STJ de São Paulo nos leva a refletir sobre nosso dever de pais, o amar , o cuidar. essa recíproca de amor e cuidado, os pais que amam cuidam, o cuidado é uma consequencia do amor que temos por nossos filhos. 
     Há inumeras mães que imploram para que o pai participe da educação dos filhos , em outros lares há pais negligentes vivendo no mesmo teto que seus filhos. A falta de afeto pode causar danos irreparáveis com certeza, mas nenhuma decisão judicial pode mudar isso, na filha continuará o vazio, no pai o amor pode  não renascer ou não restituir.
    
                                                                                            Virginia     

Um comentário:

  1. Oi Virginia, quando vi a notícia no jornal, também achei muito estranho. Não sabia se comemorava ou lamentava. E depois, fiquei pensando : se uma mulher foi tratada friamente pelo marido, ela também terá direito a uma indenização? Essas questões são tão subjetivas, não é? Afinal, há tantos pais e mães que negligenciaram seus papéis... E os motivos de cada um, quem os julgará? Será que esse pai processado já não era casado, e dar atenção à filha, poderia significar um conflito familiar com sua atual esposa?

    Mas mudando de assunto, é realmente muito legal as crianças poderem fazer seus próprios brinquedos. Continue incentivando sua pequena a criar casinhas.

    Beijos

    ResponderExcluir